escola de sargentos

Na reta final, comando do Exército diz estar impressionado com Santa Maria

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Ariéli Ziegler/PMSM

Foi na capital gaúcha que Santa Maria, único município do Rio Grande do Sul na disputa pela Escola de Sargentos das Armas (ESA), deu a última cartada antes do anúncio final do Exército Brasileiro (EB) para a definição de qual será o município a ser contemplado com o investimento militar bilionário. Na presença do governador Eduardo Leite e do prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom, ambos do PSDB, o comandante do Exército, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, veio basicamente para uma instrução de reconhecimento de campo. Ou seja, verificar se, de fato, o município, que é conhecido nacionalmente como "capital dos blindados", cumpre com todos os requisitos técnicos necessários para receber a chamada "nova ESA". Até que a reunião começasse, prevista para se iniciar às 17h desta terça-feira, como aconteceu pontualmente, Pozzobom não deixou de cortejar o "número 1" do EB.

No encontro que ocorreu no Palácio Piratini, ele entregou ao comandante do Exército uma maleta que remetia à camuflagem militar. Dentro da pasta, estavam documentadas todas as melhorias que os Executivos municipal e estadual pretendem realizar para receber a ESA, entre elas a realização de voos diretos entre Santa Maria e São Paulo e a conclusão de importantes vias de acesso ao Bairro Boi Morto (confira abaixo). A parceria entre entre Leite e Pozzobom, de longa data, foi celebrada na assinatura de um acordo de intenções para realizar as melhorias. O documento foi entregue para os representantes do Exército.

COMO FOI
Na reunião que durou cerca de 90 minutos, Pozzobom falou por quase 20 minutos. O prefeito apresentou um vídeo de Santa Maria e listou o que o município já fez e o que ainda fará, ao lado do Piratini, para assegurar a vinda da ESA. Os Executivos estadual e municipal apresentaram um protocolo de intenções onde listaram o que o poder público moverá de esforços e recursos para ser a sede do mega complexo militar.

O mais breve foi o comandante do Exército, que disse ter se sentido "surpreso com a acolhida gaúcha" e reforçou que o "Rio Grande do Sul e Santa Maria estão preparados e, principalmente, organizados" para receber a ESA. O governador Eduardo Leite, na mesma linha de Pozzobom, reforçou que "tudo ao alcance do Estado" será feito para que a escola fixe suas bases aqui. Impressionado com a apresentação feita por Pozzobom, Leite disse ao colega de partido:

- Parabéns, quando eu crescer, quero ser que nem tu.

A secretária de Relações Federativas e Internacionais do Rio Grande do Sul, Ana Amélia Lemos, também participou da reunião. Amanhã, o comandante do Exército realiza uma última visita técnica a Santa Maria. O prazo inicialmente de agosto está mantido, mas ele ressalva:

- Haverá uma grande reunião em Brasília para a definição. Até porque é uma escolha para o resto da vida.

Pozzobom repetiu um ato, que ele espera que traga sorte a Santa Maria, e entregou as bandeiras do município e do Rio Grande do Sul a Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

Comandantes reforça "vocação militar" do município
Ao Diário, o comandante do Exército, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, reforçou que as três finalistas estão aptas a receber a ESA. Mas quando questionado dos atrativos do município gaúcho, o general elencou alguns predicados de Santa Maria:

- Todas as três (cidades) são excelentes localidades e têm muitos atrativos. Santa Maria é tradição militar, são várias organizações militares, a terra dos blindados, em que isso facilitaria. É um polo estudantil muito forte, e é bem localizada.

Enquanto a resposta definitiva do Exército não vem, Pozzobom faz os movimentos necessários para que as condições colocadas estejam a contento de quem decide. Além de toda estrutura militar que Santa Maria conta - 9,5 mil homens e mulheres e 22 organizações militares -, Pozzobom já havia mapeado as demandas que seriam necessárias para que o Exército aporte aqui a escola, que terá 2,2 mil alunos.

Para uma questão específica, a infraestrutura, o prefeito Pozzobom apresentou uma solução ao que é um calcanhar-de-aquiles do governo: o projeto de ligação da Rua Irmã Dulce com a Avenida do Exército, no Bairro Boi Morto.

O custo é estimado de R$ 7 milhões. Mas para contemplar essa e outras demandas de mobilidade e de infraestrutura, o Executivo municipal afirma já ter um projeto de captação de recursos para equacionar esses gargalos.

INVESTIMENTO
A ideia é buscar junto à Caixa Econômica Federal, por meio do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), um empréstimo de R$ 22 milhões. A prefeitura já se valeu, nos últimos anos, de um empréstimo do Finisa também de R$ 28 milhões que possibilitou melhorias em mais de 50 ruas e avenidas da cidade. 


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